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terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Mapa da Violência 2008 (1)

Um novo fenômeno: “se até 1999 os pólos dinâmicos da violência localizavam-se nas grandes capitais e metrópoles, a partir dessa data observou-se o deslocamento da dinâmica para o interior dos estados” (p. 7). Estuda-se os municípios por causa da “enorme relevância da participação e da iniciativa municiapl na superação dos problemas da violência” (p. 8).

Existe violência quando, em uma situação de interação, um ou vários atores agem de maneira direta ou indireta, maciça ou esparsa, causando danos a uma ou mais pessoas em graus variáveis, seja em sua integridade física, sem em sua integridade moral, em suas posses ou em suas participações simbólicas e culturais” (MICHAUD, Y. A violência. São Paulo: Ática, 1989.)

Entre as causas de óbito, foram utilizadas: acidentes de trânsito, homicídios e óbitos por uso de armas de fogo. Para municípios com mais de 3.000 habitantes considera-se a taxa média dos últimos três anos disponíveis; para municípios menores esta taxa média é de 5 anos.

HOMICÍDIOS

De 1996/2006 verificou-se um incremento de 20% no número de homicídios. O crescimento da população foi de 16,3%. O número de homicídios cai 5,2% de 2003 a 2004 por causa das políticas de desarmamento. É que as armas de fogo sempre foram o meio fundamental para cometer homicídio em todos os anos; são seguidas pelo uso de objetos cortantes-penetrantes.

Os 556 municípios com maiores taxas de homicídio, analisados, representam 10% do total dos municípios (44,1% dos habitantes), mas 73,3% dos homicídios. Destacam-se unidades onde parte significativa dos municípios integra a presença da violência por homicídio: Amapá, Pernambuco, Rio de Janeiro e Roraima. O Rio Grande do Sul, entre 27 unidades federativas, está em 4º lugar em presença de menos violência, depois do DF, Santa Catarina e Tocantins. Dos 556 municípios mais violentos, o RS colabora com 3,97%, isto é, 22 municípios. Os cinco municípios mais violentos do RS , em homicídios, são Pirapó (117º lugar), Entre Rios do Sul (137º lugar), Campo Novo (141º lugar), Vicente Dutra (169º lugar) e Cerro Grande do Sul (197º lugar). Outros municípios que constam são Alvorada (252º), Porto Alegre (281º), Novo Barreiro (355º), SÂO LEOPOLDO (365º), Itatiba do Sul (370º), Braga (393º), São Nicolau (397º). Da Grande Porto Alegre aparecem, ainda: Guaíba (455º) e Canoas (545º). Chama a atenção que nesta listagem de 556 municípios, 5 são da grande Porto Alegre. Os restantes 17 municípios são de população menor. Da diocese de Novo Hamburgo só consta São Leopoldo.

Entre os 200 municípios com maior número de homicídios na população total, o Rio Grande do Sul colabora com 9, significando 4,5% do total. Estes 200 municípios concentram 47,8% da população e representam 72,8% dos homicídios. Há 21 unidades federativas em situação mais grave que a do RS. Os municípios gaúchos com maior número de homicídios são Caxias do Sul (75º), Canoas (83º), São Leopoldo (91º), Novo Hamburgo (113º), Passo Fundo (117º) e Alvorada (122º). Constam, ainda, na listagem destes 200 municípios Viamão (147º), Santa Maria (192º) e Uruguaiana (197º). A diocese de Novo Hamburgo é a única diocese que colabora com duas cidades.

Quanto ao aumento dos homicídios juvenis, cresceu 31,3% de 1996/2006. Bem maior que o aumento da população total. Entre os 100 municípios com as maiores taxas de homicídios juvenis destacam-se os Estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pernambuco. Os 100 municípios representam 70% do total de homicídios juvenis. Os 100 municípios concentram 35% destes homicídios. O Estado mais violento, nesta perspectiva, é Espírito Santo, seguido por Rio de Janeiro e Pernambuco. O 4º Estado onde há mais homicídios juvenis é Alagoas. O RS colabora, entre estes 100 municípios, considerando as maiores taxas médias de homicídio na população jovem, com três: Vicente Dutra (11º), Miraguaí (49º) e Erval Grande (86º).

Considerando os 200 municípios com maior contribuição aos grandes números de vítimas juvenis da violência homicida, o RS (entre as unidades federativas) está em 23º lugar; estão em situação melhor Mato Grosso do Sul, Tocantins e Santa Catarina. Entre os 200 municípios com maior número de homicídios na população jovem, o RS contribui com 10 municípios: Porto Alegre (16º), Canoas (85º), SÃO LEOPOLDO (86º), Caxias do Sul (91º), Guaíba (136º), Passo Fundo (139º), Novo Hamburgo (143º), Viamão (144º), Rio Grande (188º) e Esteio (193º). Tomando os vicariatos por diocese, vemos que, novamente, a diocese de Novo Hamburgo é a única que colabora com dois municípios. Observa-se que, dos 10 municípios, 7 são da Grande Porto Alegre. Ficam fora deste “perímetro” Caxias do Sul, Passo Fundo e Rio Grande.

Sob a perspectiva da vitimização juvenil (= indicador do grau de concentração da violência letal entre os jovens), olhando 200 municípios com mais de 70.000 habitantes, com os maiores índices de vitimização juvenil, o RS, entre 27 unidades federativas, está em 13º lugar. Entre os 200 municípios na perspectiva dita, o RS colabora com 8 municípios: Esteio (13º), Guaíba (22º), Cachoeirinha (47º), Alvorada (59º), Alegrete (93º), Porto Alegre (137º), Canoas (170º) e SÃO LEOPOLDO (199º). Dos 8, 7 são da grande Porto Alegre.

ÓBITOS POR ACIDENTES DE TRANSPORTE

De 1994/2006 houve um aumento de 19% no número total de mortes, quando a população cresceu 23,2%. Verifica-se uma forte inflexão na evolução dos óbitos por acidentes de transporte. A maior percentagem (34,9%) fica com os pedestres, seguidos de carro/camionete (27,41%). Em fase de crescimento são os acidentes por motocicletas: se em 2002 a percentagem era de 16, 3%, em 2006 era de 25,1%. No universo estadual o RS, entre 27 unidades federativas, está em 11º lugar, mas Santa Catarina em 3º, considerando 200 municípios com maiores taxas de óbitos por acidentes de transporte. Há problemas estruturais na micro-região de Registro (SP). O RS, neste universo, colabora com 16 municípios, 8% do total. Destacando 5 municípios, aparecem Tio Hugo (16º lugar), Marques de Souza (19º lugar), Pouso Novo (32º lugar), todos na BR 386, mais Três Palmeiras (60º) e Bozano (64º lugar). Na BR 386 aparecem, ainda, São José do Herval (101º lugar), Fazenda Vila Nova (131º lugar) e Coxilha (156º lugar).
Por outro lado, vendo os municípios com maior número de óbitos por acidentes de transporte, pode-se perceber os focos de concentração de mortalidade e o resultado é outro. Por unidade federativa o RS é quem tem a menor percentagem, apesar de Porto Alegre estar em 13º lugar. Além disso, constam entre os 200 municípios brasileiros, Caxias do Sul (68º), Novo Hamburgo (91º), Canoas (97º), Rio Grande (108º), Pelotas (128º), Santa Cruz do Sul (144º), SÃO LEOPOLDO (147º) e Bento Gonçalves (191º).

MORTES POR ARMAS DE FOGO

92,5% dos homicídios são perpetrados por armas de fogo. Os suicídios com armas de fogo chega a 3,1%. Entre 1979 e 2003 morreram mais de 550 mil pessoas vítimas de armas de fogo. A percentagem das mortes por armas de fogo em 100.000 habitantes é de 19,3. Olhando os 200 municípios com maior número de óbitos por armas de fogo, entre 27 unidades federativas, o RS está em 18º lugar. Aparecem (entre os 200), 13 municípios gaúchos. Os que se destacam são Porto Alegre (11º lugar), Canoas (56º lugar), Caxias do Sul (67º lugar), SÃO LEOPOLDO (82º lugar), Passo Fundo (95º lugar), Novo Hamburgo (97º lugar) e Alvorada (101º lugar). Aparecem, também, Viamão (123º lugar), Santa Maria, Guaíba, Gravataí, Uruguaiana e Cachoeirinha.

Relacionando o número populacional e a taxa de óbitos por armas de fogo, em 200 municípios, destacam-se no RS municípios pequenos: Pirapó, Esmeralda, Itapuca, Cerro Grande do Sul, Irai, Braga, Vicente Dutra, Campo Novo. Só em 152º luar está Alvorada e, em 184º lugar, Porto Alegre.

Entre os 200 municípios com maior número de homicídios na população total, o Rio Grande do Sul colabora com 9, significando 4,5% do total. Estes 200 municípios concentram 47,8% da população e representam 72,8% dos homicídios. Há 21 unidades federativas em situação mais grave que a do RS. Os municípios gaúchos com maior número de homicídios são Caxias do Sul (75º), Canoas (83º), São Leopoldo (91º), Novo Hamburgo (113º), Passo Fundo (117º) e Alvorada (122º). Constam, ainda, na listagem destes 200 municípios Viamão (147º), Santa Maria (192º) e Uruguaiana (197º). A diocese de Novo Hamburgo é a única diocese que colabora com duas cidades.

Quanto ao aumento dos homicídios juvenis, cresceu 31,3% de 1996/2006. Bem maior que o aumento da população total. Entre os 100 municípios com as maiores taxas de homicídios juvenis destacam-se os Estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pernambuco. Os 100 municípios representam 70% do total de homicídios juvenis. Os 100 municípios concentram 35% destes homicídios. O Estado mais violento, nesta perspectiva, é Espírito Santo, seguido por Rio de Janeiro e Pernambuco. O 4º Estado onde há mais homicídios juvenis é Alagoas. O RS colabora, entre estes 100 municípios, considerando as maiores taxas médias de homicídio na população jovem, com três: Vicente Dutra (11º), Miraguaí (49º) e Erval Grande (86º).

Considerando os 200 municípios com maior contribuição aos grandes números de vítimas juvenis da violência homicida, o RS (entre as unidades federativas) está em 23º lugar; estão em situação melhor Mato Grosso do Sul, Tocantins e Santa Catarina. Entre os 200 municípios com maior número de homicídios na população jovem, o RS contribui com 10 municípios: Porto Alegre (16º), Canoas (85º), SÃO LEOPOLDO (86º), Caxias do Sul (91º), Guaíba (136º), Passo Fundo (139º), Novo Hamburgo (143º), Viamão (144º), Rio Grande (188º) e Esteio (193º). Tomando os vicariatos por diocese, vemos que, novamente, a diocese de Novo Hamburgo é a única que colabora com dois municípios. Observa-se que, dos 10 municípios, 7 são da Grande Porto Alegre. Ficam fora deste “perímetro” Caxias do Sul, Passo Fundo e Rio Grande.

Sob a perspectiva da vitimização juvenil (= indicador do grau de concentração da violência letal entre os jovens), olhando 200 municípios com mais de 70.000 habitantes, com os maiores índices de vitimização juvenil, o RS, entre 27 unidades federativas, está em 13º lugar. Entre os 200 municípios na perspectiva dita, o RS colabora com 8 municípios: Esteio (13º), Guaíba (22º), Cachoeirinha (47º), Alvorada (59º), Alegrete (93º), Porto Alegre (137º), Canoas (170º) e SÃO LEOPOLDO (199º). Dos 8, 7 são da grande Porto Alegre.

ÓBITOS POR ACIDENTES DE TRANSPORTE

De 1994/2006 houve um aumento de 19% no número total de mortes, quando a população cresceu 23,2%. Verifica-se uma forte inflexão na evolução dos óbitos por acidentes de transporte. A maior percentagem (34,9%) fica com os pedestres, seguidos de carro/camionete (27,41%). Em fase de crescimento são os acidentes por motocicletas: se em 2002 a percentagem era de 16, 3%, em 2006 era de 25,1%. No universo estadual o RS, entre 27 unidades federativas, está em 11º lugar, mas Santa Catarina em 3º, considerando 200 municípios com maiores taxas de óbitos por acidentes de transporte. Há problemas estruturais na micro-região de Registro (SP). O RS, neste universo, colabora com 16 municípios, 8% do total. Destacando 5 municípios, aparecem Tio Hugo (16º lugar), Marques de Souza (19º lugar), Pouso Novo (32º lugar), todos na BR 386, mais Três Palmeiras (60º) e Bozano (64º lugar). Na BR 386 aparecem, ainda, São José do Herval (101º lugar), Fazenda Vila Nova (131º lugar) e Coxilha (156º lugar).
Por outro lado, vendo os municípios com maior número de óbitos por acidentes de transporte, pode-se perceber os focos de concentração de mortalidade e o resultado é outro. Por unidade federativa o RS é quem tem a menor percentagem, apesar de Porto Alegre estar em 13º lugar. Além disso, constam entre os 200 municípios brasileiros, Caxias do Sul (68º), Novo Hamburgo (91º), Canoas (97º), Rio Grande (108º), Pelotas (128º), Santa Cruz do Sul (144º), SÃO LEOPOLDO (147º) e Bento Gonçalves (191º).

MORTES POR ARMAS DE FOGO

92,5% dos homicídios são perpetrados por armas de fogo. Os suicídios com armas de fogo chega a 3,1%. Entre 1979 e 2003 morreram mais de 550 mil pessoas vítimas de armas de fogo. A percentagem das mortes por armas de fogo em 100.000 habitantes é de 19,3. Olhando os 200 municípios com maior número de óbitos por armas de fogo, entre 27 unidades federativas, o RS está em 18º lugar. Aparecem (entre os 200), 13 municípios gaúchos. Os que se destacam são Porto Alegre (11º lugar), Canoas (56º lugar), Caxias do Sul (67º lugar), SÃO LEOPOLDO (82º lugar), Passo Fundo (95º lugar), Novo Hamburgo (97º lugar) e Alvorada (101º lugar). Aparecem, também, Viamão (123º lugar), Santa Maria, Guaíba, Gravataí, Uruguaiana e Cachoeirinha.

Relacionando o número populacional e a taxa de óbitos por armas de fogo, em 200 municípios, destacam-se no RS municípios pequenos: Pirapó, Esmeralda, Itapuca, Cerro Grande do Sul, Irai, Braga, Vicente Dutra, Campo Novo. Só em 152º luar está Alvorada e, em 184º lugar, Porto Alegre.

[1] WAISELFISZ, Júlio Jacobo. “Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros – 2008 (1ª edição). Realização de RITLA, Instituto Sangari, Ministério da Saúde, Ministério da Justiça.

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