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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Na América Latina e Caribe há 7 milhões de jovens desempregados‏

A OIT faz um apelo para a geração de mais e melhores empregos depois de uma crise que deixou mais de 600.000 desempregados entre 15 e 24 anos
LIMA (Notícias da OIT) – Na América Latina e no Caribe os jovens foram as principais vítimas de uma crise de emprego que deixou um rastro de desemprego e informalidade, disse hoje a OIT ao mostrar a necessidade de que sejam tomadas medidas que ajudem a recuperação econômica e produzam novas oportunidades para as pessoas entre 15 e 24 anos.
"O desemprego urbano da região afeta 7 milhões de pessoas jovens", disse o diretor regional da OIT para a América Latina e o Caribe, Jean Maninat, ao participar de um fórum da União Europeia - América Latina e Caribe sobre Coesão Social que ocorre em Lima, e é dedicado ao desafio de discutir o trabalho decente para a juventude.

Maninat acrescentou que " tudo parece indicar que os jovens jovens foram mais afetados pela crise que acabamos de viver durante o ano passado." Segundo estimativas da OIT, como resultado da crise, cerca de 600.000 jovens somaram-se às filas de desemprego.

A OIT apresentou um documento de atualização sobre o relatório "Trabalho Decente e Juventude" (ver link abaixo) para a reunião a ser realizada na capital peruana, com a participação de Ministros do Trabalho e vice-ministros de ambos os continentes, e representantes de organizações internacionais e organizações sociais.

O documento disse que a região tem 104 milhões de jovens, e que:

34% dos jovens somente estudam
33% dos jovens só trabalham
13% dos jovens estudam ou trabalham
20% dos jovens não estudam nem trabalham

Além disso, o documento afirma que, segundo os dados disponíveis, entre aqueles que trabalham apenas 10% têm um contrato estável, 35,1% têm seguro de saúde, e 32,5% estão matriculados em um sistema de pensões.

"Estes números são reveladores e preocupantes" , disse Maninat durante o Fórum e advertiu que as evidências do elevado desemprego e informalidade deixam claro que "o trabalho decente para a juventude é uma questão em aberto que já existia desde antes da crise."

"Estamos enfrentando um desafio político", acrescentou o representante da OIT, que considera particularmente preocupante a proporção de 20% dos jovens que não estudam nem trabalham. "Quando há desespero e frustração entre estes jovens isso não só compromete o futuro, mas se torna mais difícil a estabilidade de nossas sociedades e até mesmo a representatividade e a governabilidade democráticas”.

A OIT disse que o desemprego durante a crise poderia ter sido maior, mas a taxa foi contida, em parte, porque não houve um aumento na taxa de participação laboral, devido à decepção experimentada por muitos trabalhadores diante da impossibilidade de encontrar emprego. "As principais vítimas do desalento foram os jovens", disse Maninat.

O estudo da OIT disse que os dados recolhidos até agora indicam que na maior parte da região diminuiu a taxa de participação dos jovens no mercado de trabalho, enquanto que a dos que tem mais de 25 anos geralmente se manteve estável.

"Após a crise, a situação é urgente. Agora, temos de investir na criação de emprego a mesma vontade política e engenho que foi usado para salvar o sistema financeiro ", disse o Diretor Regional da OIT.

Ele lembrou que a OIT tem disponibilizado para países um Pacto Global para o Emprego, aprovado por representantes de governos, empregadores e trabalhadores, que contém um conjunto de medidas para permitir a recuperação econômica capaz de produzir mais e melhores empregos.

"Quase todas as medidas preconizadas no Pacto Global tem uma influência significativa sobre a situação dos jovens", concluiu Maninat.

O Fórum da UE - ALC sobre coesão social, que termina em Lima na quarta-feira, pretende promover o intercâmbio de experiências e gerar uma série de recomendações relacionadas com a promoção do trabalho decente para a juventude.

Leia a atualização do documento Trabalho Decente e Juventude

http://www.oitbrasi l.org.br/ topic/youth_ employment/ news/news_ 135.php

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Inscrevam-se logo, o quanto antes e como "participantes da Assembléia da Juventude"...

O email de confirmação gerado depois da inscrição garante que sua inscrição foi registrada, contudo, não implica automaticamente na confirmação da inscrição, que ainda está sujeita ao n° de vagas, à infraestrutura do evento e a alguns critérios de participação que garantam pluralidade. Assim sendo, somente serão efetivamente confirmados para a Assembléia da Juventude, quando receberem um segundo email de confirmação definitiva.

Assembléia Mundial da Juventude Urbana

O Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-HABITAT) , com apoio do comitê anfitrião composto pelo Fórum de Juventude do Estado do Rio de Janeiro por meio das organizações CEDAPS, Escola de Gente, FASE, IBASE, ISER e Observatório de Favelas, além das organizações Circo Volador (México) e Raízes da Tradição (Brasil), convida para a Assembléia Mundial da Juventude Urbana 2010. O evento será realizado no Rio de Janeiro, Brasil, nos dias 19 e 20 de março. A terceira edição da Assembléia da Juventude é parte integral do V Fórum Urbano Mundial (FUM), que acontecerá no Rio de Janeiro de 22 a 26 de março de 2010. Espera-se que o encontro não seja apenas informativo, mas que mantenha seu status como a principal plataforma da juventude urbana antenada às necessidades da juventude urbana de todo o mundo.
O tema do FUM desse ano é “O Direito à Cidade: Unindo o Urbano Dividido”. A temática possui especial relevância para a juventude, já que a maior porcentagem de moradores(as) marginalizados( as) nas cidades dos países em desenvolvimento estão nesta faixa etária. A Assembléia, além de promover debates sobre o tema principal, também será o espaço da eleição do Conselho Consultivo de Juventude do ONU-HABITAT.

A Assembléia de Jovens terá diversas sessões de diálogos explorando o tema central: “O Direito à Cidade”.

§ Capacitação dos Jovens e Diálogo sobre Políticas

§ Uma História de Cinco Cidades: Introdução ao Suplemento Especial do State of the World Cities Report: ‘Leveling the Playing Field’

§ Igualdade de Oportunidades: Jovens e o Direito à Cidade

§ Atualização do Conselho Consultivo do ONU-HABITAT: de Nanjing ao Rio

§ Juventude e Violência em Contextos Urbanos

§ Juventude, Cidades e Mudança Climática: das Idéias à Ação

§ Empoderamento Econômico através de Melhores Meios de Subsistência

§ Promovendo a Inclusão Digital

§ O Papel da Arte na Transformação Social

§ Governança e Cidadania Ativa

§ Acesso da Juventude à Moradia e ao Solo Acessíveis

Todas as pessoas interessadas em debater o papel da juventude nestes temas devem fazer sua inscrição em www.onuhabitat. org/fum5 *
Local: Rio de Janeiro, Brasil
Data: 19 e 20 de março
Inscrições: gratuitas
Participantes: todas as pessoas interessadas no tema de juventude *