Marco
da Realidade
A Vida se manifestou, nós a vimos, dela
damos testemunho.
Ela está voltada para o Pai e se
manifestou a nós ( 1 Jo 1, 2)
Caminhamos,
como Pastoral da Juventude, com o olhar e o coração voltados para o Horizonte, tendo
os pés no chão, procurando partir da realidade da juventude latino-americana.
Os horizontes de nosso caminhar são as juventudes, encaradas como um lugar
teológico, onde mora Deus. É que a Igreja e as juventudes estão descobrindo,
cada vez mais que, além de ser uma realidade biológica, sociológica, jurídica,
antropológica, cultural, elas – as juventudes - são uma realidade teológica.
Olhar a realidade juvenil e seu entorno é o primeiro passo, portanto, para que
Deus e a juventude sejam percebidos com mais clareza como horizontes da
Pastoral da Juventude.
Embora
o ponto de partida seja a realidade sofrida dos/as jovens, não se pode esquecer que o importante é
"a realização, até a plena estatura de Cristo”, realização que passa pelo/a
jovem como "protagonista da transformação familiar, eclesial e social”,
"sujeito ativo, com dignidade, construtor de sua própria história de seu
projeto da vida", "sujeito de direitos”, "discípulo missionário,
fascinado pela pessoa e pelo projeto de Jesus, disposto a uma permanente
conversão pessoal, pastoral e eclesial", "construtor da Civilização
do Amor".
1. Juventude e Paradigmas[1]
No estudo da juventude e no trabalho
junto aos jovens existem paradigmas, isto é, diversos códigos, estilos e modos
de pensar para dar-nos conta da realidade que as gerações atuais de jovens estão
vivendo. Necessita-se de outras explicações. Esta “mudança” no pensamento e na
ação, contudo, não é um assunto que brota “da noite para o dia”; supõe processos
históricos e sociais que vão gerando e amadurecendo novos signos, modos,
estilos, linguagens, etc., dando lugar à outra configuração da realidade.
É preciso, por isso, atender à
necessidade de clarear um paradigma frente a outro, tomando em conta vários
fatores que dão lugar à estruturação dessa realidade. O que importa é estarmos
atentos para perceber onde se localizam estas novas sensibilidades, novas linguagens
e necessidades, para atender à realidade atual e, em particular, às juventudes.
Repetimos que, no chamado ao serviço e
ao processo da evangelização, é importante dar-nos conta que, na emergência dos
valores juvenis, entram em questão paradigmas (modelos, padrões) que decidem
nossa forma de ler, compreender e trabalhar com a juventude.
1.1 A juventude como
etapa preparatória
Neste primeiro paradigma o/a jovem é
visto, prioritariamente, como alguém que necessita ser “preparado”. A expressão histórica mais evidente desta
“intervenção” é o que se chamou, desde a revolução industrial (1790), de “moratória
social”, uma realidade pedagógica e legal que se apresentou de diversas
formas (internatos, serviço militar, escolas movidas por disciplinas rígidas,
etc.). As atividades oferecidas se
direcionavam para a “formação”, tendo os adultos como os protagonistas das “informações”
ou daquilo que, por vezes, se chama “educação”.
1.2 A juventude como etapa problemática
O/A jovem é visto, neste paradigma,
como “problema”. “Problema” porque gera conflitos, faz coisas errôneas, não
respeita a tradição, faz coisas que não se compreendem, não segue ou não cumpre
normas, porque questiona etc. As atividades oferecidas vão na perspectiva da
"prevenção" de problemas: drogas, gravidez na adolescência, prisões
especiais, etc. Tudo se "instala" movido por um espírito de
desconfiança no jovem. As medidas são tomadas por medo da juventude, e não por estar
encantado por ela e pelos desafios que ela lança.
1.3 A juventude como
potencial transformador
Este paradigma olha a juventude como
fonte de renovação: um segmento da sociedade capaz de transformar o mundo! “A
solução está na juventude!” É o que
aconteceu no nazismo, no fascismo, no falangismo e em outras iniciativas. De
forma um tanto romântica, o futuro parece concentrar-se na juventude. Olhando estas
realidades vê-se, no entanto, que se agia movido por interesses e não pela valorização do/a jovem
como tal.
1.4 A juventude,
sujeito de direitos, no caminho da autonomia
É um paradigma que aposta na
formação da juventude, em sua personalidade, através de uma pedagogia que
considera todas as dimensões da pessoa, inclusive a teológica. O grande desafio
é ajudar na construção do empoderamento e do protagonismo juvenil. Nesta
perspectiva, um instrumento que se torna fundamental é o planejamento do
trabalho com e dos jovens. Insiste-se muito na “formação integral”. Outro
aspecto que este paradigma não esquece, é a implementação de políticas públicas
de-com-para os/as jovens.
2. Olhar a realidade juvenil[2]
Olhar a realidade juvenil da
América Latina e do Caribe, realidade que impregna a juventude, é uma tarefa
cada vez mais complexa e pode ser muito parcial, quando se parte de uma
perspectiva somente de ordem social, econômica, cultural, religiosa ou política,
e não a partir de uma integralidade. É esta “integralidade” que desejamos
respeitar.
2.1 Mudança de época
Na mudança de paradigma em que se
vive, o fenômeno da globalização, em sua dimensão econômica, cultural e
comunicacional, rege – em grande parte - as mudanças significativas. A
experiência da relatividade do espaço e do tempo, propiciada pelos Meios de
Comunicação e de Informação, cria uma sociedade cada vez mais homogeneizada. Aproximam-se
povos, regiões e Continentes, marcando um desenvolvimento rápido. O desafio é olhar
esta realidade com os olhos da fé.
Novos sujeitos
A transição cultural faz surgir uma
alteração nos modelos de identidade. Surgem “sujeitos novos”. De configurações
fechadas e estáticas, passa-se a formas dinâmicas e flexíveis que demarcam características
de identificação muito frágeis. Os jovens assimilam e socializam rapidamente
esta nova dinâmica de construção da identidade, implicando em outra maneira de
olhar o relacionamento consigo mesmo, com os demais, com a realidade e com o transcendente.
A vivência da interioridade
Em tempos de mudança de época, a
importância da interioridade reaparece e tem um impacto particular. Falar desta
interioridade é compreender que todo ser tem uma interioridade a descobrir, um
mundo guardado que o conecta com as coisas, situações, lembranças, lugares,
cheiros, sensações cada vez mais íntimas e, ao mesmo tempo, aspectos mais
socializados e socializáveis, com a possibilidade de saber-se conectado com a
transcendência, seja ela qual for.
Na vivência desta interioridade dos
jovens, cabe menção especial à corporalidade. A corporalidade é uma mediação pela
qual o/a jovem se conecta com os outros, com o mundo e com o Outro de forma
especial e nova. Ele se relaciona a partir de dentro, sendo perceptivo do ser
dos outros, do ser no mundo e do Outro. Dado que o corpo (a aparência) é
caminho privilegiado de conexão e contato, é interessante ver como trabalhamos,
com os/as jovens, a corporalidade, o conhecimento de si mesmos para entrarem
neles mesmos, sem desvios, sem fugas e sem perdas.
2.2 A partir do fenômeno da globalização
As juventudes formam o maior grupo
do Continente, com uma vulnerabilidade, característica da fase que os/as jovens
vivem. Eles (os/as jovens) são vistos, por vezes, somente a partir de uma
perspectiva de futuro, esquecendo que eles são, também, o presente e que
buscam, no meio de tudo, definir sua própria identidade, oprimida por tantas
situações novas que lhes vão demarcando um panorama incerto e inseguro.
3. Fatores que influem na realidade juvenil[3]
Numa visão
geral da realidade da América Latina e do Caribe encontramos uma diversidade enorme
de rostos concretos de jovens que sofrem a desestruturação da sociedade: rostos
de jovens indígenas, de afro-americanos, de camponeses, de rostos dos mundos
suburbanos marginalizados, de rostos que vivem privados dos recursos mais
básicos, e sem possibilidades de serem visíveis, em meio a um sistema neoliberal que promove, em nossos países, um
processo de empobrecimento e de má distribuição das riquezas[4].
Embora o cenário político do Continente Latino-Americano tenha mudado,
um tanto, nos últimos anos é bom perguntar-se:
qual é a participação dos jovens nesta engrenagem e nesta mudança? Como diz
muito bem uma estudiosa:
Desde
algum tempo a juventude se vê mais distanciada do sistema político e da disputa
eleitoral, o que se reflete nos baixos níveis de filiação partidária ou de
participação em eleições, em muitos países. Na verdade, a juventude costuma
sentir-se pouco representada nos espaços das decisões políticas[5].
3.1 A Cultura
Vivemos numa época de
transformações culturais que afetam intensamente a vida de nossos povos, incidindo,
no modo de ser, pensar e agir, especialmente dos jovens que enriquecem este Continente,
chamado por João Paulo II, de Continente da Esperança. Somos chamados/as a
viver a nossa originalidade e a reconhecer tudo o que a juventude está
construindo, especialmente a partir de movimentos culturais, onde brotam as
expressões vivas da juventude empobrecida.
3.2 Tecnologias de
Informação e Comunicação
As novas tecnologias favorecem que o
mundo se converta, sempre mais, em uma só e grande aldeia global, unida pelas
redes sociais e comunidades virtuais que permitem que os adolescentes e os
jovens sejam reconhecidos como os grandes “conhecedores” do manejo da
informação.
Algumas características do
paradigma da rede, particularmente incisivas, são: a acessibilidade e a usabilidade
de conteúdos; a confusão da dimensão pública e privada; a continuidade entre a
realidade e a virtualidade; a liberdade de intervenção; a participação e a
publicação; o poder de comunicar-se graças às tecnologias de comunicação sempre
mais simpáticas e fáceis; as novas formas de democracia e cidadania, graças às
relações cada vez mais intensas e interligadas entre os conteúdos; os ambientes
e as pertenças a diferentes comunidades virtuais que visam a colaboração e a interação
social.
Dizia
o Papa Bento 16 que a vós, jovens, que quase
espontaneamente vos sentis em sintonia com estes novos meios de comunicação, a
vós corresponde, de maneira particular, a tarefa de evangelizar este “Continente
digital”. Nas Conclusões do 3º Congresso Latino-Americano de Jovens, em Los
Teques (Venezuela), os participantes também afirmavam que (...) dada a influência das Tecnologias da Informação
e da Comunicação, que afetam a vida dos adolescentes e jovens, nos vemos
desafiados a formar-nos nos valores da dignidade humana, para discernir e assumir uma consciência
crítica em relação ao uso da tecnologia
e dos conteúdos da comunicação.
3.3 A família
Os/As jovens se veem afetados/as,
de modo dramático, pela desestrutura familiar, parte da realidade e das
diferentes situações que os/as envolvem (pobreza, desemprego, desigualdade,
violência, desamor, consumo, visão utilitarista, relativismo de valores, defesa
de novos pseudomodelos de família,
ideologia de gêneros...) em detrimento de seu desenvolvimento afetivo e de seu crescimento
nos valores. Esta situação é mais chocante porque a família, segundo muitas
pesquisas, é a instituição mais apreciada
pelas juventudes.
3.4 A educação
Os/As jovens, no 2º Congresso
Latino-Americano de Jovens, em Punta de Tralca, no Chile (l998), já expressavam
seu temor ante o “fortalecimento dos modelos educativos segundo o modelo
neoliberal, onde é prioritária a produção, menosprezando os valores fundamentais
do homem”. Verifica-se que, embora os jovens tenham um nível educacional
mais elevado do que o das gerações passadas, e continuem e concluam o ensino
secundário, persiste, de modo alarmante, a deserção escolar, sobretudo entre
os/as jovens mais pobres. Isto se deve tanto à falta de oportunidades e de
orientação, como ao fato de eles/as terem que ajudar suas famílias que vivem na
pobreza ou na extrema pobreza. Não deixa de ser um desafio a falta de acesso a
escolas ou instituições de ensino, juntamente com os problemas familiares,
sociais, econômicos, que os coloca em uma posição de desigualdade frente ao
futuro.
3.5 A pobreza
Muitos de nossos/as jovens são formados/as
por rostos sofridos que vivem no cenário que vamos descrevendo e, além disso,
não estudam e são obrigados a trabalhar, desde cedo, para levar algum sustento
para suas casas, com empregos que pouco os/as ajudam a melhorar ou equilibrar a
sua situação. A pobreza é o rosto da maioria dos jovens latino-americanos.
3.6 O desemprego
Falando de desemprego, levantam-se
as preocupações sobre a deficiência na qualidade da educação ou sobre a
capacitação que muitos recebem ou a exigência que se apresenta à juventude da experiência de trabalho. Isso faz com
que haja grande mobilidade ou migração juvenil, agravando a situação dos lugares
aonde eles/as chegam. Fica sempre mais evidente que, em nosso Continente, esta
mobilidade tem um rosto juvenil. Outra situação muito particular, no campo do
desemprego, é a inclusão das mulheres no campo de trabalho, colocando-a em
desvantagem, em relação ao salário dos homens.
3.7 A migração
Como um fenômeno social, a migração
sempre existiu, de modo intenso, em nosso Continente. No entanto, hoje existe
uma mobilidade exacerbada, especialmente de adolescentes e jovens, para os
países com nível socioeconômico mais alto, e que oferecem melhores
possibilidades de vida[6], agregando-se a esta
situação o capítulo do tráfico de pessoas.
3.8 Violência e juventude
A violência juvenil é produto de
uma série de interações sociais, entre as quais, a pobreza. Contudo, com
relação à juventude, mais do que violentos, é claro que os jovens são mais violentados,
uma verdade que a sociedade teima em não querer aceitar.
A integração a organizações ou
redes de narcotráfico e a delinquência juvenil crescem, como um câncer, como
opção entre os jovens. São situações que obscurecem suas vidas e os/as levam a
um abismo, sem esperança e sem futuro: a prostituição, o crime, os assassinatos,
o tráfico e a aquisição de armas. Esta tendência, em ascensão, já é vivida por
menores de idade, não só por homens, mas igualmente por mulheres que já passam
a fazer parte das estatísticas de mortalidade por causa da violência. Não é
algo que os/as jovens querem; são levados/as a isso por uma sociedade orientada
para o lucro.
Em termos gerais, os jovens
latino-americanos e caribenhos são vítimas de um círculo vicioso desencadeado
em torno ao uso abusivo de drogas ou em torno de atos furtivos, roubos e outros crimes contra o patrimônio;
são, também vítimas de famílias desestruturadas e formas institucionais de
violências, produtos da ação alienante dos Meios de Comunicação que escondem as
causas da violência, sempre culpando aqueles que já sofrem.
3.9 Biodiversidade e Ecologia
Com desencanto e tristeza vemos
como, por décadas, se realizaram e se realizam duras batalhas pela conservação
do meio ambiente. Trata-se, muitas vezes, de lutas manifestadas contra os
próprios governos gestando acordos ou tratados com nações, empresas e pessoas
poderosas, querendo lucrar com a Mãe Terra. Uma política que transforma tudo em
"lucro", esquece a vida. Hoje sofremos consequências irreversíveis pelas
explorações indiscriminadas dos solos, matas e bosques; pela poluição das águas;
pelo cultivo de transgênicos e pelo uso de agrotóxicos.
Daí a urgência de uma cultura
ecológica que permita, de alguma forma, salvar e preservar esta herança da
criação, proclamada e gritada como um desafio pelo 3º Congresso
Latino-Americano de Jovens, afirmando que na
ausência de uma sólida cultura ecológica, provocada por um conceito muito fragmentado e deficiente
de ecologia, devemos promover caminhos que possibilitem o respeito pela vida e pela natureza .
3.10 Outras realidades
Afetividade
e sexualidade
Vivemos numa sociedade que semeia a
dúvida sobre a ideia de comprometer-se, em nome do amor; vivemos numa sociedade
onde se verifica uma vida familiar desestruturada manifestando-se na separação e no divórcio dos pais, um fator que
marca profundamente a vida psíquica dos/as jovens. Além disso, muitas vezes, a
dimensão afetivo-sexual, acaba sendo experimentada por meio da sedução e da agressão
sexual.
São evidentes, por outro lado, as
correntes ideológicas apresentando, "políticas de gênero" que desembocam
na confusão dos sexos, impedindo, a adolescentes e jovens, adquirirem o sentido
da diferença sexual e da relação entre uma pessoa e outra. Apesar disso, contudo,
a maioria dos jovens valoriza a família, quer-se casar e fundar uma família,
mesmo não sabendo o que é constituir uma relação permanente.
Homossexualidade
Gradualmente, constata-se uma desestabilização
do modo como se consideram as relações tradicionais entre homens e mulheres.
Esta desestabilização deu lugar a uma era de incertezas em que muitas noções,
consideradas "naturais", estão sendo submetidas a um questionamento
jamais visto. Um exemplo disso é a sexualidade, como tal.
A homossexualidade, como um
fenômeno que afeta a juventude, não pode ser um assunto alheio à Pastoral da
Juventude. Muitos têm esperado que as Ciências superassem o assunto, de uma
forma e de outra, de forma segura e conclusiva. No entanto, até o momento, não
foi possível estabelecer causas diretas e conclusivas; apenas algumas
correlações.
VIH/SIDA
São cada vez mais frequentes os
casos de jovens, em nossa região, infectados com HIV/ AIDS, Síndrome da Imunodeficiência
Adquirida. Este flagelo está “acabando”,
de forma desmedida, as vidas de milhões de jovens. Tornou-se uma crise difícil
de controlar. Além disso, avança,
silenciosamente, entre a população cada vez mais jovem.
Drogadição e alcoolismo
A mudança de época alterou os
fatores de risco com relação ao uso de substâncias psicoativas, passando-se de valores
homogêneos a heterogêneos; de baixos níveis de informação a um alto grau de
informação, graças ao desenvolvimento da internet; de um modelo de família
nuclear, ao que se vive, atualmente, com respeito à decomposição familiar.
Os vícios do mundo juvenil abrangem
uma grande variedade de perfis, tendo uma relação direta com a personalidade do/a
jovem. Estas adições são tidas como um meio de fuga da realidade em que se quer
desconhecer certos estados de ânimo, predominando o não poder conter a
constante necessidade de tomar uma determinada atitude; reinando o domínio e a necessidade
mais do que a vontade própria; desestabilizando seu entorno, seja ele a
família, a escola, o trabalho, a vida social, etc.
Os sentimentos, como a felicidade e
o prazer, são vendidos nos Meios de Comunicação como efêmeros e fugazes,
despertando, também nas juventudes, condutas consumistas, ligadas aos círculos
viciosos, onde, para encontrar níveis de felicidade, se deve consumir mais e
mais porque os sentimentos não se baseiam em raízes profundas do ser, mas em
imediatidades que, muitas vezes, deixam altos níveis de decepção e frustração.
Como diz o documento de Aparecida
(422), os Estados e as Igrejas são
instituições responsáveis pela prevenção baseada em investigações científicas
que desenvolvam nos jovens hábitos para a vida, estilos de vida saudáveis, e
que insistam na educação de valor diante da vida e do amor que, realmente dignificam
a vida dos jovens, como filhos de Deus.
Prostituição
A prostituição é um fenômeno social
complexo que afeta, de modo particular, o segmento juvenil. As causas do
problema são, especialmente, três: a causa psicológica (violência intra-familiar,
agressões, abusos...); a causa econômica (miséria, pobreza, desemprego,
desintegração familiar...); e a baixa qualidade da educação.
É evidente que a prostituição
denigre a pessoa, a ponto de ela (também o/a jovem) tornar-se um objeto. A
prostituição leva a fazer do corpo uma mercadoria que se vende.
[1] Nº 07 a 26. Os números
correspondem à edição espanhola desta obra, em 2012.
[2] Nº
27 a 52.
[3] Nº
53 a 119.
[4] Bento XVI, Discurso ao Corpo Diplomático,
08 de janeiro de 2007.
[5] VILLACRES,
Jessica. Os contextos e as estruturas
sociais da América Latina e do Caribe.
http://www.pjlatinoamericana.com/DISCERNIR_forosvirtuales.html.
[6] Veja-se Tráfico de pessoas. A forma contemporânea de escravidão humana. IHU
– Revista do Instituto Humanitas Unisinos, São Leopoldo, nº 414, ano XIII, 15
de abril de 2013.
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